Jane Bond says:
“Acabei de chegar ao escritório. É segunda-feira de manhã e já tenho vontade de fugir daqui aos berros como uma doida. Não há paciência! A nova colega - americana claro - está a ter uma sessão de cevada ao rabo... Tudo começou com um elogio para ela. Ai estás tão gira hoje. Claro que a galinhagem tinha que começar logo ou até parecia mal, não era? Vai daí que ela se lança numa tirada sobre o vestido que está a usar que é vintage, claro, de uma estilista caríssima, mas que lhe custou só não sei quanto, que os sapatos que a turca tem são lindíssimos ao que a outra responde que não está verdadeiramente tempo para eles, mas não importa, porque senão têm que ficar para o ano e Deus proíba que os sapatos sejam de outro ano senão o corrente, e mais as unhas e o cabelo e a mala... MEU DEUS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Recuso-me a participar disto. Recuso-me a ceder ao impulso de lhes enfiar os meus Doc Martens pelo traseiro acima ou de lhes enfiar as unhas e o cabelo e o batom da Aveda na máquina de destruir papel - como raio é que se chama isso em Português - até só sobrarem tirinhas. Como raio é que estas galinhas de meia idade conseguiram transformar a minha segunda feira num exercício de nervos que não há meditação ou headfones que curem????????????''
Para a minha Jane que escreveu o texto e para todas as que com ele se identificam, vai todo o meu conforto e solidariedade. A minha luta é a vossa luta, a luta de todas nós...
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