segunda-feira, maio 07, 2007

Tudo o que os homens precisam de saber sobre as mulheres está nos filmes românticos



Não é novidade para ninguém que aquilo que a maioria dos homens sabe sobre as mulheres não dava para ocupar a parte detrás de um selo de correio. Escrevia-se a palavra nada e o resto era espaço em branco, certo? Certo.
A culpa desta alienação não é exactamente deles, apesar de deus saber que são mais cegos que toupeiras com cataratas no que diz respeito às mulheres, para o bem e para o mal. A culpa desta situação, é, e a verdade não se pode escamotear, da cultura e da sociedade em que estão inseridos. Vejamos pois, quais são as fontes de informações sobre nós que o homem tem enquanto cresce. Antes de mais, a mãe. Não preciso de dizer como as mamãs dos meninos os mimam e tratam como se fossem pequenos reis, pois não? Pensem nas vossas sogras. Delas, eles aprendem que são especias e que a vontade deles é mais importante que a das mulheres, bem como não têm obrigação de ajudar em casa. Não é tarefa deles. Depois, temos as irmãs. Aqueles que têm irmãs mais velhas, aprendem que as mulheres são seres chatos e misteriosos de quem é melhor distância. Aprendem também que o tempo de uso de casa-de-banho de uma mulher é superior ao de um homem e pouco mais. Se as manas forem mais novas, aprendem que são seres frágeis a quem devem proteger, quer elas queiram, quer não. Por último, temos os filmes e as revistas. Não se enganem, minhas queridas, a ver filmes ou revistas estas têm de ter alguma (ou muita) nudez, senão não lêm. Um homem não lê a Elle ou a Cosmopolitan, muito menos a Telenovelas. Um homem lê a Playboy, a Penthouse ou a FHM e filmes de senhoras pouco vestidas a fazer contorcionismo, ou vai à internet directamente e vê pornografia barata. Quando chegam à adolescência e têm outros modelos femininos, as professoras, já eles as encaixam num destes três esterotipos. Ou bem que são mãezinhas ou manas (se forem mais novas), ou bem que são sonhos molhados como as rainhas topless das revistas e dos filmes que vêm. E não há nada a fazer. A ter sonhos românticos da parceira ideal, estes serão derivados dos filmes de acção de um Steven Seagall ou de um Van Damme: seres perfeitos de copa D e inocentes (nos fimes acabam por morrer no início, desencadeando a fúria vingadora do herói e, por isso, justificando duas horas de pancadaria e explosões de carros), tão superiores e perfeitos que nenhuma mulher real poderá jamais igualar.
O que os homens não percebem, ou não estão para se dar ao trabalho de perceber, é que procurar as chaves para a alma e a psique feminina em filmes pornográficos é o mesmo que fazer castelos na areia: divertido mas, em última análise, inútil. Para nos conhecerem andam a ver os filmes errados.
Um homem minimamente inteligente percebe que as mulheres reais, apesar de terem os seus momentos, não são as deusas do sexo desses filmes, eternamente prontas, disponíveis e com uma colecção infindável de corpetes e meias de liga. Aquilo que nós somos está mais nos filmes que nós vemos, os românticos, que nos que eles vêm. Quando vão ao cinema, em vez de refilarem com a namorada que vão ver um filme para gajas deveriam agradecer o facto de ir ver um filme sobre gajas e levar o bloco de notas para apontar as ideias mais importantes.
Porque razão hão-de os homens de querer tirar notas e saber o que as mulheres querem? Porque é melhor para eles. Captar o interesse de uma mulher, sobretudo se se é giro, não é difícil. Fazer a atracção evoluir para mais que uma reboladela no feno ocasional já não. E, ou um homem se dispõe a conhecer a mulher que deseja, ou está tramadinho e não vai a lado nenhum. Sobretudo se a tratar como a actriz principal do Nuas e Quentes ou pior, como a mãezinha.
Os filmes de "gajas" como eles dizem são da categoria do romance porque é isso mesmo que a maioria de nós queremos, ROMANCE. Quer dizer não é que não queiramos também paixão, mas as duas coisas para nós andam quase sempre ligadas, enquanto para eles, não.
Aprende mais um homem sobre o que nos faz apaixonar no Piano ou no Sleepless in Seattle que numa resma de filmes do Van Damme, e isso é uma verdade inegável. E o que nós queremos? Ser queridas e valorizadas, sentirmo-nos especiais. Sentir que lutam por nós, e que isso tudo vale a pena.
Para todos os meus leitores masculinos, aqui fica uma filmografia obrigatória (sumária). As minhas leitoras podem sugerir outros, se quiserem:
- Gone with the wind- para aprender a lidar com mau-feitio;
- All that heaven Allows - para vencer preconceitos;
- All about Eve- para perceber como são as mulheres umas com as outras quando os homens não estão a ver;
- An affair to remember- para dar valor à seriedade e persistência;
- The way we were- para perceber porque continuamos a amar, mesmo quando já não nos querem;
- When Harry met Sally- porque algumas coisas são inevitáveis;
- While you were sleeping- porque o amor nos dá um sentimento de pertença;
- The piano- porque o amor nos leva a correr imensos riscos;
- Sleepless in Seattle- porque simplesmente é muito romântico;
- The mirror has two faces- porque amamos com inseguranças que nos destroem;
- The bridges of Madison County- porque o amor aparece sempre e guardamo-lo como se fosse a coisa mais preciosa;
- You've got mail- porque o amor nem sempre é o que esperamos.
Always watch good moves e divirtam-se ...

1 comentário:

elisa disse...

eu sei de muito boa gente que precisava de ler este post e seguir os teus conselhos..ai se sei...
beijinhos:)