Não há problema em ser-se solteira aos 25. É até normal, desejável, não se precipitar e viver os dias de solteira como deve ser. Continua a não ser grande problema aos 27, pelos mesmos motivos. Lá para os 28 a coisa começa a ser preocupante. Aos 29, o alerta mudou para laranja. Mas assim que mudamos o primeiro dígito da nossa idade de dois para três, bem, está atenda armada, é uma desgraça. Começamos a ser vítimas do PARADOXO que é o tratamento reservado às solteiras financeiramente independentes deste mundo.
Antigamente, no tempo das nossas avós, aquelas que ficavam para tias tinham o seu papel definido na sociedade, eram uma espécie de amas gratuitas, fazendo por auxiliar as irmãs e irmãos casados com os filhos e o andamento da casa ou tratando dos idosos. Definiam-se por extensão do resto da família, uma espécie de apêndice, ou melhor, de ferramenta à mão dos restantes membros da família. O que não estou a dizer que não pudesse ser compensador, mas a coisa andava mais ou menos nestes moldes.
Claro que agora que muitas mulheres trabalham (no nosso país é a maioria das mulheres, não sei exactamente a estatística, mas acho que é mais de 60% das mulheres em idade activa) o cenário alterou-se e muito. Já os casais não têm hordas de filhos para as tias ajudarem a criar, já as tias não têm tempo para criar sobrinhos, porque estão no trabalho e também bom, ganham o seu dinheirinho e vivem a sua vidinha. O que nos leva direitinhos ao assunto do post, o PARADOXO da forma de lidar com solteiras aos trinta.
Usar as maiúsculas para falar do PARADOXO implica, primeiro, uma coisa importante,para nós, quero dizer, e depois uma coisa irritante, muuuuuuuuuuuuuuito irritante. Passo a explicar. Para os casais com quem nos damos, que nesta altura representam a esmagadora maioria dos nossos conhecidos, colegas e amigos, funcionamos um bocado como projecção do estado da SUA relação: se feliz e sem problemas na altura, somos objecto de pena a ser apresentadas a todos os homens disponíveis que conhecem; se com problemas alvos de uma certa inveja pelo estilo de vida sem preocupações que levamos.
Deixem que lhes diga, ambas as atitudes me irritam, uns dias mais, outros menos, mas que irritam é uma verdade escrita na pedra como os mandamentos. Pena não quero que sintam, eu própria não tenho pena de mim. Estar solteira até hoje foi o resultado das minhas próprias escolhas e portanto não foi uma tragédia, nem eu gosto de ir buscar a cruz e a coroa de espinhos para me crucificar, seja quaresma ou não. Peleeeeeeeeeeeeeeze, as pessoas têm de aprender a viver com as suas próprias escolhas confortavelmente. Inveja, bom, estão a ver a coisa de uma só perspectiva. Sim, não é mau de todo podermos gastar o nosso dinheirinho em guarda-roupa novo sem estar a preocupar-nos com contas de pediatra, ou organizar o tempo de modo a ir ao cinema, ou aos espectáculos que queremos, viajar a nosso contento, etc. etc. Mas estar numa relação é igualmente bom, mais compensador, atrever-me-ia a dizer ( e agora não voltem à pena que também não é morte de homem nenhuma, lol).
Antigamente, no tempo das nossas avós, aquelas que ficavam para tias tinham o seu papel definido na sociedade, eram uma espécie de amas gratuitas, fazendo por auxiliar as irmãs e irmãos casados com os filhos e o andamento da casa ou tratando dos idosos. Definiam-se por extensão do resto da família, uma espécie de apêndice, ou melhor, de ferramenta à mão dos restantes membros da família. O que não estou a dizer que não pudesse ser compensador, mas a coisa andava mais ou menos nestes moldes.
Claro que agora que muitas mulheres trabalham (no nosso país é a maioria das mulheres, não sei exactamente a estatística, mas acho que é mais de 60% das mulheres em idade activa) o cenário alterou-se e muito. Já os casais não têm hordas de filhos para as tias ajudarem a criar, já as tias não têm tempo para criar sobrinhos, porque estão no trabalho e também bom, ganham o seu dinheirinho e vivem a sua vidinha. O que nos leva direitinhos ao assunto do post, o PARADOXO da forma de lidar com solteiras aos trinta.
Usar as maiúsculas para falar do PARADOXO implica, primeiro, uma coisa importante,para nós, quero dizer, e depois uma coisa irritante, muuuuuuuuuuuuuuito irritante. Passo a explicar. Para os casais com quem nos damos, que nesta altura representam a esmagadora maioria dos nossos conhecidos, colegas e amigos, funcionamos um bocado como projecção do estado da SUA relação: se feliz e sem problemas na altura, somos objecto de pena a ser apresentadas a todos os homens disponíveis que conhecem; se com problemas alvos de uma certa inveja pelo estilo de vida sem preocupações que levamos.
Deixem que lhes diga, ambas as atitudes me irritam, uns dias mais, outros menos, mas que irritam é uma verdade escrita na pedra como os mandamentos. Pena não quero que sintam, eu própria não tenho pena de mim. Estar solteira até hoje foi o resultado das minhas próprias escolhas e portanto não foi uma tragédia, nem eu gosto de ir buscar a cruz e a coroa de espinhos para me crucificar, seja quaresma ou não. Peleeeeeeeeeeeeeeze, as pessoas têm de aprender a viver com as suas próprias escolhas confortavelmente. Inveja, bom, estão a ver a coisa de uma só perspectiva. Sim, não é mau de todo podermos gastar o nosso dinheirinho em guarda-roupa novo sem estar a preocupar-nos com contas de pediatra, ou organizar o tempo de modo a ir ao cinema, ou aos espectáculos que queremos, viajar a nosso contento, etc. etc. Mas estar numa relação é igualmente bom, mais compensador, atrever-me-ia a dizer ( e agora não voltem à pena que também não é morte de homem nenhuma, lol).
E no que diz respeito a sermos apresentadas a tudo quanto é solteiro, que raio é isso? É quase como se fossemos os últimos pasteis na montra da pastelaria, não muito frescos, é certo, mas postos em exposição para ver se a fome do outro anula os padrões de exigência, habitualmente mais altos. E acreditem, não há maneira mais rápida e eficaz para despertar o meu mau feitio que ser tratada como um bolo retardado ou um artigo em saldos a 75%. É que é certeiro.
Aquilo que os nossos amigos, colegas e conhecidos que empregam o PARADOXO têm dificuldades em aceitar e perceber é que ser solteiro aos 30 não é, de todo, uma forma de lepra sem sintomas. Também não é uma espécie de sex and the city em versão vida real recheada de sapatos fabulosos e cosmopolitans servidos gelados. Como tudo na vida, é o intermédio. Tem bons momentos e vantagens a não serem escamoteadas (como os sapatos e as viagens, sem dúvida), tem momentos menos bons, mas também a vida a dois os tem, certo?
Resolver o PARADOXO na mente dos casais deve passar sempre por deixarem de se projectar nas vidas dos solteiros, respeitando as suas escolhas. Cada um vive como pode, mas sobretudo como quer. Devem ainda deixar de nos tratar como seres incompletos, sou completa, muito obrigadinha, mesmo que esteja só (e usando o lugar-comum, antes assim que mal acompanhada). E, por último, deixarem de pensar em números, somos quem éramos aos 25 (mas com sorte, mais sábias), portanto tratem-nos como tratavam então. Ou incorram na nossa ira por vossa conta e risco.
5 comentários:
Diz-me que u nao fiz semelhante coisa, pls! A unica vez que tentei ainda nao estava casada e por isso, nao conta... ate pq aprendi a licao, sim?????
sempre
Su
Claro que não, Su, conheces o meu mau feitio bem demais para te meteres nisso... Nós para nós temos os mesmos 25 e somos as mesmas de sempre...
luv ya
Marlene Dietrich, querida, e tudo o quenho a dizer: eu nao tenho idade nenhuma... LOL
Su
Eu nem nunca tentei nem tentarei... sabes disso. Se tentasse, acho que corria mal para o meu lado. Amo-te tal como és...a minha mana do coração...com mau feitio e tudo. O que escolheres , eu apoio, a não ser que ache que estás a fazer a maior borrada da tua vida. Mas as amigas também servem para isso. Tenho-te como amiga quase metade da minha vida, já aturámos muita neura uma à outra, mas não trocava isso por nada.
Uma frota
E é por causa disso mesmo que continuamos a ser manas do coração, porque nos conhecemos e aceitamos tão bem.
Uma frota carregadinha
i.
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