Caros homens, dei-lhes uma série de úteis conselhos para a vida até agora: o fazerem o trabalho de casa para conhecerem bem a mulher com quem estão, o de se lembrarem das coisas, o de falarem com elas, o de serem românticos e colaborarem nas tarefas de casa, o de fazerem uso da diplomacia, de serem sempre honestos, de dosearem os ciúmes e serem originais, chegando agora ao último e igualmente importante: sejam vocês mesmos.Apesar de parecer que não, estes últimos conselhos não pretendem mudar a vossa essência, nada disso, apenas tornarem a convivência mais fácil com os outros seres humanos, sejam mulheres ou não. Todos os conselhos, tirando um ou outro mais específico podem ser, sem prejuízo, adaptados a todas as áreas da vossa vida. Por exemplo, fazerem um esforço para conhecer os outros com quem se dão é um excelente conselho. A não ser que queiram levar a vida com conversas de circunstância de bar em que se tem de falar mais alto que a música e dizer banalidades, conhecer os gostos, sonhos e aspirações, ou pelo menos as opiniões alheias dá muito jeito. Evita confusões e discussões desnecessárias, evita faux pas como o de oferecer bife e batas fritas a um vegetariano rigoroso que só come frutas e legumes verdes pois acha um crime comer coisas que têm olhos e boca e etc.Colaborar com os outros é-o igualmente, não se fazer pesado e fazer a sua parte. Ser diplomata no que dizemos para não magoar desnecessariamente, ou manter sempre o princípio da honestidade. São conselhos que os tornam melhores seres humanos. Ninguém lhes está a pedir para mudar de personalidade ou convicções, apesar destes conselhos exigirem uma série de adaptações no estilo de vida.Há um erro básico que os homens cometem muitas vezes no início das relações: mudam de personalidade e hábitos radicalmente: não o façam. Deixar de fazer da casa de banho um lago ou colocar a roupa suja onde devem não é mudar de personalidade, é ser civilizado. Deixar todos os hobbies e interesses pessoais e adoptar sem pestanejar os dela é. E sejam homens ou mulheres, ninguém merece que deixemos de ser nós mesmos para fazer a relação funcionar. A longo prazo não é viável. Se no início em que tudo corre bem abdicar dos vossos interesses não parece grande coisa, a longo prazo é. Vão ficar frustrados, incompletos e agitados. Daí a culparem a pessoa com quem estão por isso é um passo. A arranjar outra que compartilhe os vossos interesses é outro.Discutir e negociar é normal numa relação. Uma relação em que não se discute é porque um deles se está a anular. Não acreditem na treta das almas gémeas em que tudo concorda com tudo, não é verdade. Ainda não há gente de encomenda que encaixe perfeitamente e, sinceramente, se existisse, seria uma seca monumental. A crua verdade é que estar com o outro é como cada um puxar a corda para cada lado com equilíbrio de modo a nenhum dar com o rabo no chão. Na altura de cederem, ou de chatearem tanto que a obriguem a ceder pensem se o que querem mesmo é uma vida inteira em que uma das partes fique mesmo infeliz. E de qualquer forma, uma relação em que têm de mudar tudo para serem queridos não vale a pena, a sério.
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4 comentários:
Último?? Mau...
A partir de agora vou voltar a perorar,lol. Já foram abébias a mais, lol.
E já há licenciados disponíveis no mercado? Posso propor um estágio:)?
estágioharranjariamos todas de boa vontade, Elisa, é nosso dever ajudarmos os recém-licenciados...
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