terça-feira, abril 29, 2008

Histórias de fadas para meninas más

Deixa cá ver, diz a Branca de Neve contando pelos dedos, Soneca, Dengoso, Dunga, Feliz, Atchim, Mestre e Zangado. És só um, mas juro que tens as características da maioria dos outros sete. Agora faz as contas...

9 comentários:

Anónimo disse...

Na beleza de um ser, contam-se as aventuras libidinosas e sadias que advêm de noites quiça escaldantes e termostáticas.
Na presunção do complexo de existência perene só contam as horas amarguradas pela solidão de uma alma que às vezes nem se sabe se se tem.
Como é linda aquela mulher de negro, que em gesto de pura virilidade , rasga suas vestes e mostra o seu corpo imaculado envolto numa lingerie vermelha.
Quantas vezes, não bastava um simples gesto de amor pleno para terminarem todas as frustrações.

Para a caríssima Passionária de

Francisco Assis - Um escravo do século XXI

Anónimo disse...

Oh amiga Passionaria da Graca, parece-me que atrais toda a especie de creeps... Porque sera?
Beijos

Da tua

Su

Anónimo disse...

Caríssima Passionária e amiga Su ( espero que igualmente Bela)

The creeps are the greats when nothing can surpass the stillness...

Para a Su...

Este poema intitula-se :

"CÁ"

Selva,metalurgia,ginástica
De pé sentado na dança
Em pedra de pau, aliança
Encurta, sensível e plástica

Alma de couro e rasgão
Capa de tudo e tendão
Limpeza de um entrelaço
Ou gás , gasolina, alcatrão e braço

Restos de vida e deboche
Pratos do dia em toda a teca
Jactos de sujo na boneca
Bicos de pato, em casa broche

Prendas de lata, vestes de cacto e
reputação de pacato.
Dentro eras fina concha de altivez
Prego de aço, posto de rosa
Centos de espinhos, em cada mês...
De cada vez... em cada mês...

Ich will Ihnen nie zu missfallen

De Francisco Assis - Um escravo no século XXI

Anónimo disse...

Francisco

Nao e a primeira vez que as minhas muitas qualidades atraiem poemas, mas olhe que nunca nada tao... pomposo e self important.
so lhe vou citar a amiga Carly Simon: "You're so vain, you probably think this song is about you, don't you, don't you..."

PS- Os adjectivos em Ingles nao fazem plural.

Su

Passionária disse...

Su, querida, pois não sei. É uma questão para as gerações vindouras.

Francisco: apreciei a sua referência ao le rouge et le noir, mas a verdade é só uma: o gesto de amor puro e pleno, vulgo sexo, não é aspirina nem prozac, não cura tudo. E ao contrário do que acreditavam os médicos vitorianos e os homens contemporâneos, o vazio existencial não se enche com a pilinha. Não, a sério, não é para esses vazios que serve. Às vezes não cura nada de nada. Se tivermos sorte, o amor abre-nos os olhos. E já é um pau.

Anónimo disse...

Caríssimas Passionária e amiga Su

Sinto-me agradado, ao verificar que já não sou entendido apenas como um "creep" mas como alguém que escreve poemas dedicados aos outros de forma pomposa e ( aqui não posso concordar, mas admito, com humildade a possibilidae de alguém sentir isso) presunçosa.

Não era minha intenção endiabrar o poema, mas confesso que não me senti bem, enfiado numa pele de "creep ". O poema que postei visando a atenção da Su , tem carácter apelativo às funções reactivas e englobantes num meio circunstancial onde a ansiedade se esbate na intranquilidade , devido às pressões que recaem sobre um ser vivo pensante, que tenta então fazer ancorar mecânicas matriciais de tentativa à clarividência e não pretende ser mais que uma demonstração de filtragem , penso que nunca um acto de vaidade.

Agradeço à Su o reparo que me fez devido à aplicação da pluralidade no adjectivo "great" , mas contudo ela foi propositada , dado que naquele domínio a sonoridade de "creeps " empresta alguma força afirmativa ao adjectivo "great" se por liberdade poética ele fôr pluralizado. Muitas vezes faço coisas destas, peço desculpa aos respeitáveis defensores da ortodoxia linguística.

Envio-vos um pequeno poema,


Estende-te na imensidão de tus
Longe para dentro, do centro dos demais
Ergue-te em mesclas de cenas dispersivas
E descobre-te mulher na história dos mortais.
Se...
Contudo nas amarras do leite e do metal fores caindo
Não deixes de seres tu a verdadeira
Causa nobre, que o prazer tanto amolece
E dos outros, ficamos nós sentido o que não esquece.

Como cantava James Taylor

You just call out my name
And you know wherever I am
...

...

People can be so cold

...

...

Com elevada consideração pela grande Passionária " atraente de arrastadores " e Su " mulher cujas qualidades atraem poemas" um voto de noite quente, ou pelo menos...escaldante.

Francisco Assis - Um escravo no século XXI

Anónimo disse...

Caríssima Passionária

Peço desculpa por esta interpelação algo intempestiva, mas...
QUANDO ME REFERI A UM GESTO DE AMOR NÃO ERA VULGO SEXO.
Eu posso ser inepto , não ter vistas largas nem grande sabedoria,como dizia Aleixo, mas penso que distingo bem O Lago dos Cisnes do Zé Cabra , embora que concorde que tudo é música romântica.
Um gesto de amor pleno em meu entender não é um conjunto de acções mais ou menos inspiradas com a finalidade de exercitar a próstata, renovar o líquido seminal, descarregar flúidos, trocar energia proteico-muscular por aumentos temporários de actividade glandular e hormonal. Muito longe disso, trata-se de um gesto sagrado, onde um ser na plenitude do seu livre arbítrio, abdica de si, despindo-se do que é narcísico ou anaclítico para dar ao outro algo que o equilibre, reequilibre, ou lhe permita que ganhe resistências a solicitações desequilibrantes futuras.

Uma boa noite, se me permitir , depois farei mais um ou outro comentário sobre a sua " contestaçâo".

Com muita consideração de

Francisco Assis - Um escravo no século XXI

Passionária disse...

Francisco, parece que estamos no hemiciclo.

Anónimo disse...

Estimada Passionária

De facto, ao rever aquilo que temos escrito, parece que a tendência esquelética dos posts tem semelhanças com algumas que os representantes dos partidos políticos por vezes adoptam.
Cabe-nos a nós corrigir isso, o que como pessoas de bem certamente faremos, mas digo-lhe uma coisa, distinta Passionária , adorei a forma como postou a sua constatação.

Aguardando por novos estímulos e inspirações sou de
si

Francisco de Assis ........